Hospital de Itabuna é acusado de negligência com bebê

Foto: Reprodução/HMN

A família de Heitor Santos da Conceição, recém-nascido de apenas sete dias, denuncia negligência médica no Hospital Manoel Novaes, em Itabuna, sul da Bahia, após o bebê correr risco de ter o braço amputado. O caso é investigado pela Polícia Civil.

Heitor, que nasceu prematuro com 26 semanas de gestação no dia 4 de março, foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para se desenvolver. Apesar de a família relatar que o bebê estava saudável e sem comorbidades, a mãe, Kathylin Mauy, notou algo estranho no braço esquerdo de Heitor logo nos primeiros dias de internação. O acesso intravenoso, realizado na área, aparentemente comprometeu a circulação do braço, levando a uma necrose parcial.

“No segundo dia [de internação], começaram a aparecer manchinhas na mão dele. Perguntei se era normal e disseram que sim. Depois, a mão ficou roxa e continuaram dizendo que era normal. Com o tempo, a mão dele ficou pior, sem circulação”, relatou a mãe.

O pai de Heitor também expressou frustração com a falta de informações claras sobre o estado de saúde do bebê. A advogada da família, Natasha Cadorna, afirmou que o hospital se recusa a fornecer o prontuário e não emitiu nenhuma declaração oficial sobre o caso.

“Até o presente momento, os pais estão desassistidos. Nenhum médico ou profissional se dispôs a fornecer informações e apoio. A responsabilidade do hospital era cuidar da criança, mas o que aconteceu foi uma necrose em um membro essencial para o bebê. Ainda não sabemos se será necessária uma amputação ou uma cirurgia reparadora”, afirmou a advogada.

Por outro lado, a direção do Hospital Manoel Novaes contesta as alegações da família, afirmando que Heitor já apresentava problemas de saúde após o parto. De acordo com Lucinaide Ferreira dos Santos, coordenadora de enfermagem da UTI Neonatal, o bebê foi intubado devido à gravidade de seu estado e apresentava equimoses, marcas roxas nos membros, como resultado de uma perda de fluxo sanguíneo.

“Ele nasceu com uma infecção materna e placentária, o que agravou seu quadro. As equimoses estavam registradas nos prontuários médicos”, explicou Lucinaide.

Atualmente, Heitor está sendo acompanhado por um cirurgião vascular, mas ainda não há definição sobre o procedimento que será realizado no braço. O caso segue sendo apurado pela Polícia Civil de Itabuna.

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