A Justiça da Bahia aceitou a denúncia contra 16 suspeitos investigados na “Operação Indignos”, ação policial que revelou um esquema milionário envolvendo extorsão, sequestro, homicídios, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Com isso, os acusados se tornaram réus no processo conduzido pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).
As investigações apontam que o grupo movimentou cerca de R$ 150 milhões em três anos por meio de empresas fantasmas, imóveis registrados em nomes de terceiros e transações em marmorarias e ferro-velho. Entre as vítimas estaria Ivan de Almeida Freitas, conhecido como “Ivanzinho”, suspeito de tráfico de drogas sintéticas na Bahia, morto em agosto de 2023 no bairro do Trobogy, em Salvador.
Rodolfo Borges Barbosa de Souza, identificado como sócio de Ivanzinho, é apontado como líder da organização criminosa. Conhecido como “Bené” ou “Zeca”, ele controlaria a distribuição de entorpecentes em Amaralina, na capital baiana, e Portão, em Lauro de Freitas.
Além da aceitação da denúncia, seis dos suspeitos tiveram prisão decretada pela Justiça e podem se juntar aos oito que já haviam sido capturados em janeiro, quando a operação foi deflagrada na Bahia, São Paulo, Ceará, Paraná e Amazonas. O MP-BA não esclareceu por que os outros dois denunciados não tiveram prisão solicitada.
Durante a operação, que envolveu cerca de 200 policiais, foram cumpridos seis mandados de prisão temporária e 26 de busca e apreensão em Salvador e nas cidades de Candeias, Camaçari, Lauro de Freitas e Dias D’Ávila. Oito pessoas foram presas, incluindo dois policiais militares. Também foram apreendidos R$ 42.620 em espécie, U$ 1.500, 18 celulares e veículos de luxo, como uma BMW, uma Range Rover Evoque e uma Kawasaki Ninja.
A investigação resultou ainda no bloqueio de aproximadamente 100 contas bancárias ligadas ao grupo criminoso