O hospital da mulher, referência no atendimento ao público feminino em Feira de Santana, registrou mais de 800 partos de adolescentes em 2024. A situação preocupa especialistas, pois, apesar de campanhas e métodos contraceptivos estarem disponíveis, o número de gravidezes na adolescência continua a crescer.
Durante a semana nacional de prevenção da gravidez na adolescência, que vai até o próximo sábado (8), dados indicam que o Brasil ocupa a segunda posição mundial em partos de meninas de até 19 anos, com cerca de 400 mil casos anuais. A médica obstetra Andréa Alencar ressaltou que a gravidez precoce pode ter sérias consequências para as jovens, incluindo aumento do risco de depressão, parto prematuro, diabetes gestacional e abandono da criança na primeira infância.
Além disso, a gravidez na adolescência, mais comum nas classes sociais mais baixas, leva ao abandono escolar, perpetuando o ciclo de pobreza. A especialista enfatizou que, em casos de partos adolescentes, deve-se priorizar o parto normal para evitar complicações, como infecções, sangramentos e danos ao útero, que podem prejudicar futuras gestações.
Alencar também destacou a importância da educação sexual para a prevenção da gravidez precoce, esclarecendo que a orientação visa conscientizar sobre os riscos, desde doenças sexualmente transmissíveis até gestação indesejada.
