Após PSD, PC do B aciona o STF por volta de Ednaldo Rodrigues à presidência da CBF

 Após PSD, PC do B aciona o STF por volta de Ednaldo Rodrigues à presidência da CBF

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

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Após o Partido Social Democrático (PSD), recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), para que Ednaldo Rodrigues volte à presidência da CBF, mais um partido recorreu o órgão federal. De acordo com o Metrópoles, o PCdoB apresentou nesta terça-feira (26), uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), pedindo a recondução do cartola baiano ao comando da entidade que controla o futebol no país.

No momento, o cargo é ocupado por um interventor, José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Na ação, o PCdoB cita o caso da CBF como um exemplo de interferência judicial indevida em entidades desportivas. O partido alega que houve violação à Constituição na decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que anulou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a CBF e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) com regras eleitorais na confederação. Realizado em março de 2022, o pleito foi vencido por Ednaldo que assumiu a presidência. O argumento é que o TJ-RJ afrontou o artigo da Constituição que prevê autonomia das entidades do esporte.

“Não se imagina que o Judiciário possa excluir um padre de uma igreja, a menos que haja um motivo convincente para isso. Da mesma forma, interferir na política interna de uma entidade, sem uma forte razão, pode levar ao enfraquecimento de toda a autonomia esportiva e de políticas públicas vinculadas ao esporte regulado pela entidade desportiva”, diz um trecho do documento do PCdoB.

Ainda na ação, o partido aponta o risco de possíveis punições aplicadas pela Fifa e Conmebol por conta da interferência na presidência da CBF. As duas entidades enviarão representantes para acompanhar o processo de intervenção e não querem que novas eleições sejam realizadas antes disso.

Ednaldo Rodrigues está afastado da presidência da CBF desde o dia 7 de dezembro e o interventor, José Perdiz, tem prazo de 30 dias para convocar novas eleições. Na última sexta (22), o ministro do STF, André Mendonça, rejeitou o pedido feito pelo PSD.