O secretário de Governo de Salvador, Cacá Leão, acusou o PT de repetir com o senador Angelo Coronel (PSD) a mesma estratégia usada contra o ex-vice-governador João Leão (PP) em 2022. Em entrevista nesta segunda (26), ele afirmou que o partido promove uma “fritura pública” contra aliados quando não são mais úteis.
As declarações ocorreram após o senador Jaques Wagner (PT) e o ministro Rui Costa (PT) confirmarem suas candidaturas ao Senado em 2026, excluindo Coronel da chapa petista. Para Cacá, o método é o mesmo: descarte sem diálogo.
Humilhação pública e quebra de alianças
“O PT da Bahia tem uma relação utilitarista com seus aliados”, criticou Cacá Leão. Ele lembrou que, em 2022, João Leão foi descartado após anos de lealdade. Agora, Coronel vive situação semelhante, com anúncios feitos pela mídia, sem negociação prévia.
“Já conhecemos essa estratégia, o PT faz agora com Coronel aquilo que fez com Leão, lá atrás. O senador Angelo Coronel está sendo vítima de um processo de fritura, é uma humilhação pública sistemática. Lá em 2022, mesmo Leão sendo um aliado de lealdade inquestionável, descartaram ele, sem nenhum respeito ou consideração. Hoje, fazem o mesmo com Coronel, sem nenhum pudor”, declarou.
Segundo o pepista, a “humilhação pública sistemática” contra o senador revela falta de ética na política baiana. “Quem age com respeito repudia essa prática”, disse.
Cacá Leão também questionou a fala de Wagner sobre o “direito natural” à reeleição do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e dele próprio. “Se é natural, por que não vale para Coronel? A resposta é óbvia: ele não serve mais”, concluiu.