O incêndio que atingiu a Câmara Municipal de Salvador na tarde de segunda-feira (24) trouxe à tona um problema grave: o prédio funcionava sem o auto de vistoria do Corpo de Bombeiros da Bahia, documento que certifica a capacidade de um imóvel para prevenir e combater incêndios. A informação foi confirmada pelo comandante da corporação, coronel Adson Marchesini.
“Um auto de vistoria do Corpo de Bombeiros a Câmara não tinha. O que existia era um projeto aprovado, mas ainda não executado. Enquanto isso, o prédio seguia sem o documento que atesta sua adequação às normas de combate ao incêndio”, explicou o coronel.
O Corpo de Bombeiros avalia aspectos como tamanho da edificação, materiais utilizados na construção e sistemas de segurança contra incêndios. Com base nisso, são feitas exigências para adequação do espaço. O documento só é emitido após a execução dessas medidas e uma inspeção final da corporação.
As causas do incêndio ainda não foram oficialmente confirmadas, mas uma pane elétrica é uma das hipóteses levantadas. O fogo começou no teto da Câmara e mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros. O trânsito no entorno precisou ser interditado pela Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), mas a circulação já foi normalizada nesta terça-feira (25).
