A etapa de sondagem em águas profundas para a construção da Ponte Salvador-Itaparica já está 75% concluída e deve ser finalizada até março deste ano. Essa fase do projeto é essencial para estudar as características geológicas do solo e definir a profundidade necessária para os pilares da estrutura.
De acordo com a concessionária responsável pela obra, a perfuração em águas rasas, de até 10 metros de profundidade, já foi concluída nas margens de Salvador e da Ilha de Itaparica. No total, foram planejados 160 pontos de sondagem, dos quais 120 já foram finalizados. Os 40 pontos restantes estão programados para serem executados ainda neste mês. Esse processo é realizado por três balsas, duas delas de grande porte, com 75 metros de comprimento.
O investimento na sondagem já soma cerca de R$ 160 milhões. O trabalho teve início com operações terrestres em janeiro de 2024, na região de Vera Cruz. A expectativa é que a montagem do canteiro de obras comece em 2025, após a liberação da licença ambiental pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e a aprovação de órgãos públicos em diferentes esferas.
Com 12,4 km de extensão sobre a Baía de Todos-os-Santos, a Ponte Salvador-Itaparica será a segunda maior da América Latina, ficando atrás apenas da Ponte Rio-Niterói. O projeto, orçado inicialmente em R$ 7,6 bilhões, tem potencial para beneficiar cerca de 10 milhões de baianos e impulsionar o desenvolvimento de 250 municípios. Enquanto isso, o Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA) se prepara para julgar, nesta terça-feira (11), uma proposta de mediação para resolver os impasses entre o governo estadual e a concessionária responsável pelo empreendimento. A medida busca ajustar termos do contrato para viabilizar o avanço da construção.
O presidente do TCE-BA, Marcus Presidio, será o relator do processo e apresentará seu parecer antes da votação pelos demais cinco conselheiros. Caso aprovada, a proposta trará um remodelamento contratual, incluindo uma atualização dos valores da obra, que segue sob sigilo para evitar interferências nas negociações.