Ministério Público espanhol pede manutenção da prisão preventiva de Daniel Alves

 Ministério Público espanhol pede manutenção da prisão preventiva de Daniel Alves

Foto: Lucas Figueiredo / CBF/Divulgação

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O Ministério Público da Espanha pediu a manutenção da prisão preventiva de Daniel Alves durante a análise do recurso pela liberdade provisória do jogador, em audiência realizada nesta quinta-feira (16), na terceira seção do Tribunal de Barcelona. O órgão citou os múltiplos indícios que incriminariam o brasileiro, especialmente as provas de DNA. As informações são do jornal espanhol La Vanguardia.

Daniel não participou da sessão, que foi realizada a portas fechadas e contou apenas com os advogados das partes envolvidas. Agora, os três magistrados do tribunal vão analisar os argumentos apresentados e decidir se o jogador poderá responder às acusações em liberdade. E segundo o jornal, o resultado “não deve sair imediatamente”.

A defesa do jogador entrou com recurso no fim de janeiro contra a prisão preventiva do atleta, que está preso no centro penitenciário Brians 2, em Barcelona. Em um documento de 24 páginas, o advogado Cristóbal Martell alega que não há risco de fuga da Espanha, sendo sugerido a entrega do passaporte e até mesmo o uso de “pulseira telemática”, o que se assemelha a uma tornozeleira eletrônica.

Já a advogada da vítima, Ester Garcia, pede que a prisão do brasileiro seja mantida até o final do julgamento. Para a advogada, há sim a possibilidade de o jogador aproveitar a saída para deixar a Espanha. O Brasil não extradita brasileiros, o que poderia livrar o jogador da Justiça espanhola em caso de fuga ao País. Ela afirma ainda que a concessão da liberdade ao jogador seria um “atentado contra a integridade psicológica” da suposta vítima.

“A Justiça não pode permitir que ele esteja em liberdade enquanto ela está presa”, disse Ester a jornalistas depois da audiência. “Mantivemos a mesma posição que defendemos por escrito faz duas semanas. Entendemos que é preciso manter a prisão provisória e sem fiança, não apenas pelos indícios do crime, que existem, mas porque segue o risco elevado de fuga”, afirmou.

Fonte: Estadão