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Caso Marielle: Ronnie Lessa delata Domingos Brazão como um dos mandantes da morte

 Caso Marielle: Ronnie Lessa delata Domingos Brazão como um dos mandantes da morte

Foto: Reprodução/TV Globo

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O ex-policial militar, Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, delatou o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão (ex-MDB), como um dos mandantes do atentado. A informação foi divulgada pelo Intercept Brasil, que ouviu fontes ligadas à investigação.

Preso desde março de 2019, Lessa tem um acordo de delação com a Polícia Federal (PF), que ainda precisa ser homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Isso porque Brazão, enquanto conselheiro do TCE, tem foro privilegiado.

Em 2019, o político chegou a ser acusado formalmente pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de obstruir as investigações. Segundo o Intercept, a principal versão é de que Brazão ordenou o atentado como uma vingança contra Marcelo Freixo, ex-deputado estadual do Rio de Janeiro e atual presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur).

Marielle trabalhou 10 anos com Freixo, que chegou a citar Brazão no relatório final da CPI das milícias, em 2008.

Ao Intercept, a defesa de Domingos Brazão afirmou que não ficou sabendo dessa informação e que tudo que sabe sobre o caso é o que vem sendo veiculado pela imprensa, já que teve o pedido de acesso aos autos negado. Em entrevistas anteriores, Brazão sempre negou envolvimento com o caso.