O senador Jaques Wagner (PT-BA) defendeu publicamente a redução das penas para participantes dos atos de 8 de janeiro, classificando-os como “massa de manobra”, mas afirmou que os mandantes devem sofrer punições mais duras. Em entrevista ao portal Metrópoles, o petista manifestou apoio a um Projeto de Lei em tramitação na Câmara que busca diminuir as condenações daqueles que invadiram os prédios públicos.
“É o Código Penal. Está estabelecida a pena para cada crime. Tem crime para golpe de Estado, tem crime para afronta à democracia, e tem crime para tumulto, como foi feito lá no 8 de Janeiro. Vamos folgar um pouco a mão para a massa de manobra, os barragrinhos, e concentrar o peso da punição naqueles que têm que ser mais violentamente punidos”, declarou.
Apesar de não citar nominalmente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Wagner foi enfático ao diferenciar a situação dos manifestantes da dos líderes. Ele afirmou que os mandantes não podem ser beneficiados e, na verdade, merecem penas maiores.
Em referência à condenação de Bolsonaro pelo STF, que totaliza 27 anos e 3 meses de prisão, o senador sugeriu um aumento. “No caso da dosimetria para os mandantes, ele pode aumentar, em vez de 27, coloca 30 anos. Vamos concentrar o peso da punição nos mandantes do crime, em quem pensou em matar o presidente, o vice e o ministro do STF, em derrubar uma eleição legítima, quem incentivou e financiou aquela baderna do 8 de Janeiro”, completou.










