Wagner prevê acordo sobre chapa petista e critica PP e UB

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O senador Jaques Wagner (PT) afirmou que as divergências em torno da formação da chapa majoritária do PT na Bahia para 2026 serão superadas, mesmo com resistências internas. Em entrevista ao PodZé da Rádio Baiana FM (89,3) na quinta-feira (3), o líder do governo no Senado descartou rupturas com o PSD, apesar das tensões envolvendo a possível exclusão do senador Angelo Coronel (PSD) da disputa.

“Na Bahia, eu acho zero. O PSD e Coronel também, na minha opinião. […] Não tenho dúvida nenhuma que nós vamos chegar a um denominador comum”, declarou. A proposta em discussão inclui o governador Jerônimo Rodrigues (PT), o ex-governador Rui Costa (PT) e o próprio Wagner, em uma configuração que ele define como prioridade a nomes com trajetória no Executivo estadual.

O petista admitiu, no entanto, que algum desgaste é inevitável, citando casos anteriores como os do PSB. “Um de nós vai ter que sair […] Não se trata de sangue puro, se trata do governador e ex-governador”, ponderou. O tema deve ser resolvido até dezembro, segundo o combinado com aliados.

Críticas a PP e União Brasil

Sobre o cenário nacional, Wagner avaliou como iminente a saída de PP e União Brasil da base governista, partidos que estão em processo de federação. O senador afirmou que as legendas não inspiram confiança e só foram incorporadas ao governo para assegurar maioria no Congresso.

“Todo mundo quer participar do governo, não participou da eleição […] Quando chegar perto da eleição, eu não tenho confiança”, disse, em referência à postura das agremiações. O ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) já havia sinalizado o rompimento.

Wagner destacou ainda os desafios da gestão federal, sugerindo que a complexidade do país exige alianças mais sólidas.

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