Wagner defende fusão do PT e menos partidos no Brasil

Foto: Jefferson Rudy | Agência Senado

O senador Jaques Wagner (PT), líder do governo Lula (PT) no Senado, defendeu a redução do número de partidos políticos no Brasil e sugeriu uma fusão definitiva entre PT, PCdoB e PV, atualmente unidos na Federação Brasil da Esperança.

Em entrevista exclusiva ao Portal A TARDE, o senador confessou que acha melhor se os partidos pudessem “fundir” para um único. Wagner criticou a quantidade excessiva de legendas no país, argumentando que isso confunde a população e desvia o foco das ideias políticas.

“O Brasil hoje tem um mundo de partidos que fica até difícil para a população entender. Eu acho esses números totalmente fora da realidade. O pessoal cria números para ser seu patrimônio político e não para ser difusor de ideias. Na minha opinião, a gente deveria ir para um campo de 6,7 ou 8 partidos, que já era uma coisa mais que razoável”, disse o petista.

O ex-governador da Bahia também projetou desafios para as federações partidárias nas eleições de 2026, já que algumas legendas têm divisões regionais.

“Essa é uma grande incógnita. O MDB por exemplo, existe o lulista e tem o que não é lulista. O PSD a mesma coisa. O PP da Bahia, apesar de João Leão ter saído formalmente, os deputados estão para o lado de cá. Se o partido se alinhar pro lado de lá, eles vão ter que cair fora e se filiar a outro partido. Não é simples esse negócio. Sinceramente eu não sei como os partidos vão fazer para trabalhar essa questão”.

Atualmente, grandes partidos negociam federações e fusões. União Brasil e Progressistas estão em estágio avançado, enquanto MDB e Republicanos, além de PDT, PSB e Cidadania, discutem possíveis uniões. PSDB e Podemos também planejam uma fusão que pode criar uma nova sigla. Enquanto federações são alianças temporárias (mínimo de 4 anos), fusões unem partidos permanentemente, como ocorreu com DEM e PSL, que formaram o União Brasil.

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