O Movimento Brasil Livre (MBL) expulsou o vereador Sandro Filho (PP) de seus quadros após uma investigação interna que apurou acusações de irregularidades. A decisão foi comunicada por meio de uma nota oficial na qual o grupo cita “indícios suficientes” que justificariam o desligamento, mesmo sem provas conclusivas de ilícitos.
A apuração do movimento analisou documentos e colheu depoimentos, inclusive do próprio parlamentar. Um dos fatos levantados foi a abertura de um restaurante pela esposa do vereador em sociedade com João Paulo Andrade Lisboa de Britto, ex-chefe de gabinete de ex-vereadores que hoje são investigados por supostas “rachadinhas” e compra de votos.
Além disso, a análise das movimentações financeiras de Sandro Filho indicou gastos considerados incompatíveis com a remuneração do cargo público que ocupa. Essas informações reforçaram as suspeitas iniciais que motivaram o procedimento de apuração.
“Diante dos fatos e em observância aos valores éticos e morais que norteiam o MBL, foi deliberada a expulsão definitiva do vereador Sandro Filho”, concluiu o comunicado da organização.
Decisão ocorre após o vereador ser acusado de beneficiar a esposa com um cargo de R$ 20 mil em uma empresa terceirizada que presta serviços à Prefeitura de Salvador. O edil, no entanto, negou veementemente as acusações do ativista da causa animal e ‘reverendo’ Roberto Monteiro.
“Eu não sei a troco de que [essa suposta denúncia foi feita], mas em breve eu vou me pronunciar e digo a você que todas as pessoas que estão falando isso e que estão incentivando essa notícia vão ter que provar para mim e para minha esposa, na justiça, e vão pagar pelo que estão fazendo”, declarou o vereador em entrevista recente.
