O vereador Hamilton Assis (PSOL) denunciou ter sido alvo de racismo na Câmara Municipal de Salvador, após ser acusado de articular a invasão de servidores ao plenário durante a votação do reajuste salarial, ocorrida em 22 de maio. A situação gerou uma representação contra o parlamentar, que pode resultar na cassação do seu mandato.
Durante a última sessão da Câmara, realizada na terça-feira (17), foi instalado o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar para apurar os fatos. Em pronunciamento, Assis alegou que os ataques que vem sofrendo vão além de motivações políticas e têm como base o racismo institucional.
“Foi levantada a possibilidade de eu ser um drogado, mentiroso, dentre outras ofensas. Um parlamentar chegou a afirmar que tinha medo de sentar ao meu lado. Atribuir a mim o estereótipo do homem negro violento é uma prática racista”, afirmou.
Hamilton Assis, que se posicionou contra o projeto de lei que modifica o plano de carreira dos servidores, afirma que continuará atuando em defesa das categorias que representa. “Não vamos aceitar esses ataques. Não vão silenciar o nosso mandato, que é socialista, popular e está ao lado da população”, declarou.
Relembre a invasão
Durante a votação do reajuste salarial, um grupo de servidores municipais invadiu o Centro de Cultura da CMS. Os vereadores Sidninho (PP) e Maurício Trindade (PP) foram hostilizados e agredidos fisicamente. Trindade entrou em luta corporal com um servidor, enquanto Sidninho foi mordido no braço.
