Unicef incentiva adolescentes a tirar título de eleitor

 Unicef incentiva adolescentes a tirar título de eleitor

Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

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O prazo para tirar o título de eleitor termina no dia 08/05 e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alerta para a importância do voto de adolescentes de 16 e 17 anos nas eleições municipais. Segundo o Unicef, dados preliminares do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que o Brasil reverteu a tendência de queda no cadastro eleitoral de adolescentes, aumentando o número de jovens com título de eleitor em 2024. O voto aos 16 e 17 anos não é obrigatório.

“Da eleição passada para esta, teve um aumento importante no número de adolescentes que se cadastraram para votar. Nas eleições passadas, era em torno de 1 milhão e, nesta, até a última contagem, 1,3 milhão adolescentes de 16 e 17 anos tinham se cadastrado para votar. Mostra uma tentativa de recuperar a importância da participação política e eleitoral. Acho que é um sinal que os jovens querem participar, e isso é muito bom para a sociedade e para a democracia”, disse o chefe de Desenvolvimento e Participação de Adolescentes no Unicef, Mario Volpi.

Ele destacou que o Unicef vem fazendo um trabalho em 2.023 municípios da Amazônia Legal e do Semi-Árido para mobilizar os adolescentes de 16 e 17 anos a tirarem o título de eleitor. “Tem toda uma discussão sobre a importância da participação eleitoral. É uma forma de exercício da cidadania. É muito importante para a sociedade brasileira que os adolescentes participem desse momento de decisão e tragam para o debate sua experiência concreta de vivência das políticas de saúde, educação, de assistência social. Tem uma agenda que precisa ser discutida no processo eleitoral, e os adolescentes, pelas suas vivências, podem agregar um conteúdo muito importante. Eles têm uma visão criativa e crítica”, afirmou Volpi.

Diante desta relevância, o UNICEF alerta que a retirada do título de eleitor até o dia 8 de maio é apenas o primeiro passo para incentivar a participação cidadã de meninas e meninos neste debate. É preciso, ainda, que governos, escolas, mães, pais e responsáveis promovam o conhecimento sobre as eleições e sobre as responsabilidades de prefeitos e vereadores – sempre com base em fontes seguras e confiáveis.

“Por último, é fundamental incentivar o comparecimento desses adolescentes às urnas em outubro”, reitera Mario Volpi. “Apenas com apoio para que crianças e adolescentes sejam escutados no processo eleitoral é que será possível que a escolha feita nas eleições municipais de 2024 reflita um compromisso efetivo com as necessidades e os direitos de meninas e meninos do Brasil”, afirma.