A TV Aratu (SBT) virou alvo de indignação após exibir uma entrevista com Gabriel, responsável por agredir repórteres da Record Bahia nesta sexta-feira (25). No programa Alô Juca, o entrevistado minimizou a violência — alegando “calor do momento” —, enquanto a apresentação evitou confrontá-lo, gerando acusações de “passar pano” ao episódio.
Internautas e profissionais da imprensa cobraram postura firme da emissora. No Instagram do programa, comentários destacaram incoerências na fala do agressor.
“Eu estava assistindo na hora, ele já chegou agredindo sim”, relatou uma espectadora. Outro usuário reforçou: “O cara mente na cara dura, véi”. A ausência de questionamentos à versão de Gabriel ampliou a crítica sobre o papel da mídia em coberturas de violência contra jornalistas.
Enquanto a polêmica crescia, a TV Aratu manteve-se sem posicionamento público. Especialistas apontam que o caso reacende discussões sobre responsabilidade editorial — especialmente quando as vítimas são colegas de profissão.
O episódio reforça um dado alarmante. De acordo com o Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), a Bahia segue, pelo terceiro ano consecutivo, como o estado que mais registra violência contra jornalistas no Nordeste. Dados do Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil 2024 apontam que a Bahia concentra 6,25% dos casos nacionais.













