O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o bilionário Elon Musk protagonizaram um rompimento público nesta quinta-feira (5), após semanas de tensão nos bastidores. A crise entre os dois, que já vinham se afastando de forma discreta, escalou para ataques diretos nas redes sociais, com acusações graves e ameaças de cortes bilionários.
A briga teve início após Musk criticar um projeto fiscal do governo e deixar o comando do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), do qual fazia parte. Trump, em conversa com o chanceler alemão Friedrich Merz, disse estar decepcionado com o empresário e ameaçou romper todos os contratos federais com suas empresas.
Em resposta, Musk publicou no X (ex-Twitter) que nunca foi informado sobre o projeto e acusou o presidente de ser ingrato. “Ele teria perdido a eleição sem minha ajuda”, escreveu o bilionário. Trump então subiu o tom e afirmou no Truth Social que demitiu Musk por estar “irritante”, além de dizer que havia retirado o “Mandato dos Carros Elétricos” que beneficiava empresas como a Tesla.
A troca de farpas ganhou contornos ainda mais sérios quando Musk acusou Trump de envolvimento com Jeffrey Epstein. “Donald Trump está nos arquivos de Epstein. Essa é a verdadeira razão pela qual eles não foram tornados públicos”, publicou.
Em outro post, Musk apoiou um comentário que sugeria o impeachment de Trump para que seu vice, JD Vance, assumisse a presidência.
A crise se aprofundou com a retirada da SpaceX do programa espacial norte-americano. Musk anunciou que a cápsula Dragon, usada em missões da NASA, será descomissionada:
“Em vista da declaração do presidente sobre o cancelamento dos meus contratos governamentais, a @SpaceX começará a descomissionar sua nave espacial Dragon imediatamente.”
