O júri popular dos três acusados pela morte da cantora gospel Sara Freitas, marcado para esta terça-feira (25) no Tribunal do Júri de Dias D’Ávila, foi cancelado após a defesa abandonar o plenário, alegando falta de segurança, estrutura física e risco de imparcialidade.
Mais cedo, em meio a gritos de “assassinos” e “vai pagar” da multidão, os três réus – Ederlan Santos Mariano, viúvo da vítima; Weslen Pablo Correia de Jesus, conhecido como bispo Zadoque; e Victor Gabriel Oliveira Neves – haviam chegado ao fórum sob forte escolta da Secretaria de Administração Penitenciária.
O crime, classificado como feminicídio, ocorreu em 24 de outubro de 2023. Sara foi atraída para um local isolado na entrada do povoado Leandrinho com a falsa promessa de um evento religioso. Lá, foi executada com 22 golpes de faca. Seus agressores ocultaram e queimaram o corpo.
De acordo com o Ministério Público da Bahia (MP-BA), o homicídio foi motivado por promessa de recompensa financeira e interesses ligados à carreira artística de um dos envolvidos. A ação contou com divisão de tarefas entre os integrantes do grupo.
Os três réus respondem pelos crimes de feminicídio praticado por motivo torpe, em meio cruel e sem dar chance de defesa à vítima, ocultação de cadáver e associação criminosa. Eles permanecem presos preventivamente. Um quarto envolvido, Gideão Duarte de Lima, já foi condenado em 16 de abril a mais de 20 anos de prisão, após admitir ter atraído a cantora para a emboscada.










