Em meio a especulações sobre as eleições de 2026, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou que a definição da chapa majoritária será conduzida com prudência e amplo debate interno. A declaração foi dada durante entrevista ao CNN Prime Time nesta terça-feira (16), onde reiterou a força da aliança governista.
O chefe do Executivo baiano reconheceu a importância do PSD na coalizão e estabeleceu os princípios que nortearão as conversas. “Não há dúvidas que o nosso projeto, desde Wagner e depois com Rui Costa, consiste em sentar à mesa constantemente com os nossos pares. As coligações que a gente compõe são coligações do ganha-ganha. Nós temos muito respeito ao PSD, que hoje tem dois senadores, Angelo Coronel e Otto Alencar. Nós temos a presidência da ALBA, que é dirigida pelo PSD, da mesma forma, e nós estamos muito tranquilos sobre a vertente de dois pilares que nos move para construir as nossas chapas proporcional e majoritária”, afirmou Jerônimo.
Segundo ele, a construção segue dois pilares fundamentais: a formação de uma chapa competitiva para Lula (PT), com o objetivo de assegurar uma votação expressiva ao presidente no estado, e a unidade do grupo governista. O governador projetou um prazo para os entendimentos. “Em cima desses princípios, teremos até março para construirmos esse ambiente favorável, dialogando, escutando cada partido que compõe a chapa, assim como foi na eleição do Jaques Wagner, sua reeleição, na eleição do Rui e sua reeleição e na minha eleição”, completou.
As tratativas, no entanto, esbarram em um cenário complexo. Integrante da cúpula petista, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), já sinalizou interesse em concorrer a uma cadeira no Senado. A movimentação cria um impasse, pois os atuais senadores Jaques Wagner (PT) e Angelo Coronel também buscam a reeleição, disputando as duas vagas disponíveis.
Sobre o assunto, Rui declarou que irá aprofundar as conversas. “Eu vou intensificar, nos próximos dias, o diálogo com o senador Coronel, com o Diego Coronel, com o filho dele, deputado federal, um jovem talentoso, promissor, e vamos encontrar uma solução para mediar isso”, afirmou o ministro, sem detalhar possíveis configurações.
Ele ressaltou a relevância da recondução de Jaques Wagner, a quem atribui a liderança do processo de “redemocratização” da Bahia. “Por isso, a sua reeleição [de Wagner] cumpre esse papel, além de reconhecimento pessoal, pela sua trajetória, pelo papel político, pelo papel que ele ainda vai desempenhar muito lá no Senado, ao lado do presidente Lula”, completou.
Do outro lado, o senador Angelo Coronel segue afirmando publicamente sua candidatura à reeleição e descartou aceitar acordos alternativos. “Não quero indicar vice, nem cargo em tribunal de contas ou qualquer outro tipo de arranjo que se especula. Sou candidato a senador e tenho o apoio de centenas de prefeitos”, declarou.









