O Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou, nesta terça-feira (10), os depoimentos dos réus envolvidos na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil. Entre os ouvidos está o ex-presidente Jair Bolsonaro, além de nomes do alto escalão do governo anterior, como ex-ministros e militares.
Ao todo, seis integrantes do chamado “núcleo crucial” foram interrogados:
- Almir Garnier (ex-comandante da Marinha)
- Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)
- Augusto Heleno (ex-ministro do GSI)
- Jair Bolsonaro (ex-presidente)
- Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)
- Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa e da Casa Civil)
Também prestaram depoimento na segunda-feira (9) o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-chefe da Abin, e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que fez delação premiada ao Ministério Público Federal.
Após a última sessão, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, revogou a proibição de contato entre os réus, medida que estava em vigor desde janeiro de 2024.
E agora?
Com os depoimentos encerrados, as defesas e a acusação têm cinco dias para apresentar pedidos de diligências complementares. Depois, será aberto o prazo para as alegações finais: primeiro a Procuradoria-Geral da República (PGR), seguida pelas defesas, com início pela de Mauro Cid.
Moraes poderá ainda solicitar novas provas antes de elaborar seu relatório final e voto. Não há prazo definido para essa etapa. O julgamento será realizado pela Primeira Turma do STF, formada pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. A data ainda será marcada por Zanin, presidente do colegiado.
Em março deste ano, a Primeira Turma decidiu, por unanimidade, tornar oito pessoas rés no processo. O grupo agora aguarda julgamento que poderá resultar em condenações ou absolvições.