Setur autoriza afundamento de dois navios na Baía de Todos os Santos
O secretário estadual de Turismo, Maurício Bacelar, assinou, nesta quinta-feira (20), em Salvador, a ordem de serviço que autoriza o afundamento controlado, na Baía de Todos-os-Santos, do antigo ferry-boat Juracy Magalhães e do casco do navio-varredor Anhatomirim, doado pela Marinha. A empresa Engesub, especializada em naufrágios assistidos, venceu a licitação para executar o serviço, que vai seguir um controle ambiental rigoroso. A previsão é de que a operação seja realizada no verão de 2024, dando origem a recifes artificiais.
“Com esse novo afundamento de embarcações, a Baía de Todos os Santos terá o maior parque subaquático urbano do país. O Governo do Estado amplia as ações de incremento do turismo de mergulho, atividade que tem grande demanda para a geração de emprego e renda, além de contribuir para a memória náutica”, declarou o secretário Bacelar.
“A primeira ação é a escolha do ponto adequado para o naufrágio, seguida da licença ambiental e limpeza minuciosa dos navios. Depois, é só marcar a data”, explicou o diretor da Engesub, Rodrigo Reis.
O comandante do 2º Distrito Naval, vice-almirante Antonio Carlos Cambra, participou do ato e falou sobre o envolvimento da Marinha no processo. “Temos uma parceria histórica com a Setur-BA, que agora se reflete no fomento a um segmento turístico em crescimento, tendo um dos nossos navios como atração”.
A solenidade teve a participação também de representantes do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), do trade turístico e de entidades náuticas. Eles assistiram ao vídeo do afundamento do ferry Agenor Gordilho e do rebocador Vega, em 2020, nas imediações do Yacht Clube da Bahia. As imagens mostram que, poucos dias após a operação, as embarcações já começavam a atrair vida marinha. Atualmente, os navios são o habitat de várias espécies e integram o roteiro do turismo de mergulho.
“Existe público no mundo inteiro buscando lugares para o mergulho de observação, que estava, até pouco tempo, limitado ao Caribe e Estados Unidos. A Bahia abriu suas portas para atrair esse público internacional, de alto poder aquisitivo, que trará mais recursos para o estado”, destacou o presidente do Conselho Baiano de Turismo (CBTur), Roberto Duran.