O volume de serviços na Bahia registrou uma retração de 2,5% em agosto de 2025 ante o mês anterior, aprofundando a trajetória de declínio observrada no setor. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo IBGE com análises da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
Enquanto a média nacional ficou estável (0,1%), o estado baiano não acompanhou esse movimento. Segundo a análise, o desempenho foi impactado por juros altos, crédito caro e estabilidade na renda das famílias, fatores que provocam uma desaceleração no consumo de serviços.
Na comparação com agosto de 2024, a queda no estado foi ainda mais acentuada, atingindo 6,8%, um desempenho muito inferior ao crescimento de 2,5% verificado no país. Quatro dos cinco segmentos analisados apresentaram resultados negativos. O maior recuo foi em “Serviços profissionais, administrativos e complementares” (-11,1%), seguido por “Serviços de informação e comunicação” (-8,4%) e “Serviços prestados às famílias” (-5,7%), que teve a mesma variação de “Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio” (-5,7%). O segmento de “Outros serviços” (12,4%) foi a única exceção, registrando expansão.
Considerando o acumulado de janeiro a agosto de 2025, o volume de serviços baiano recuou 1,1%, contra um avanço de 2,6% no Brasil. Três atividades puxaram o resultado para baixo, com destaque para Transportes (-3,4%). No período de doze meses, a retração foi de 0,4% no estado, frente a um crescimento nacional de 3,1%.