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Sargento Pastor Isidório é investigado pela PGR por crime de homotransfobia contra Erika Hilton

 Sargento Pastor Isidório é investigado pela PGR por crime de homotransfobia contra Erika Hilton

Foto: Reprodução/Câmera dos Deputados

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O deputado federal baiano, Pastor Sargento Isidório (Avante-BA), está sendo investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), pelo crime de violência política de gênero, ou homotransfobia, contra a deputada Erika Hilton (PSOL-SP).

A PGR deu início a investigação para atender a pedidos da própria deputada e também pelo Ministério Público Eleitoral. Erika considerou que o discurso que o deputado teve foi de “cunho evidentemente transfóbico” e proferiu “falas absurdas”.

O caso que está na 2ª Câmara Criminal da PGR está sob os cuidados da vice procuradora-geral, Ana Borges Coêlho Santos. As declarações, que estão sendo investigadas, foram feitas pelo parlamentar durante sessão de uma comissão da Câmara que discutia um projeto que proíbe o casamento homoafetivo no Brasil, em 19 de setembro.

Na discussão, o Pastor Isidório disse que “homem nasce com binga” e “mulher nasce com tcheca”. Além de referir-se a Erika, uma mulher trans, como “meu amigo”.

O MPE vê indícios para enquadrar o deputado por crime de transfobia, com declarações que podem ter ferido artigo do Código Eleitoral que pune aquele que “assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio, candidata a cargo eletivo ou detentora de mandato eletivo, utilizando-se de menosprezo ou discriminação à condição de mulher, ou à sua cor, raça ou etnia, com a finalidade de impedir ou de dificultar a sua campanha eleitoral, ou o desempenho de seu mandato eletivo”.