Em entrevista ao Roda Viva na TV Cultura nesta segunda-feira (7), o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), usou uma analogia para criticar a falta de contribuição dos mais ricos no país. Segundo ele, a isenção de impostos para milionários equivale a moradores de cobertura que não pagam o condomínio, enquanto os demais arcam com os custos sozinhos.
“Nós moramos no mesmo prédio, no mesmo condomínio. Se tem moradores que não pagam a taxa do condomínio, os outros precisam pagar uma taxa extra para compensar. É esse debate que precisamos fazer no país. É correto que quem ganha milhões de reais não pague a taxa, enquanto que quem ganha R$2 mil, R$3 mil pague?”, questionou o ex-governador da Bahia.
A comparação endossa o argumento do governo por justiça tributária no Brasil, onde a carga fiscal recai desproporcionalmente sobre a classe média e os mais pobres. Para a base do governo Lula, enquanto os super-ricos usufruem de benefícios sem contribuir adequadamente, a maioria da população sustenta serviços públicos com renda limitada.
Apoio crescente
A estratégia de taxar grandes fortunas parece reverberar positivamente. Dados do Latam Pulse/AtlasIntel divulgados nesta terça (8) mostram que a aprovação do presidente Lula (PT) subiu para 47,3% em junho – maior índice em 2024. O estudo ouviu 2.621 pessoas, com margem de erro de 2 pontos. O governo defende que além de buscar equilíbrio fiscal, a proposta visa reduzir desigualdades e financiar políticas sociais.