O governo federal está intensificando uma ofensiva integrada contra o crime organizado em todo o país, com ações que visam desde a base até a cúpula das facções. A declaração foi dada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, durante agenda em Salvador nesta quinta-feira (6). Ele afirmou que a estratégia prioriza a cooperação entre a União e os estados.
Rui Costa utilizou uma metáfora para explicar a abordagem. “O crime tem vários níveis, vários andares. Não adianta combater apenas o andar de baixo. É preciso erradicar o crime completamente, tanto quem está na base quanto quem mora na cobertura do andar do crime”, afirmou o ministro. Ele ressaltou que os líderes criminosos frequentemente “não estão no morro, mas em apartamentos de luxo”.
De acordo com o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “tem colocado a segurança pública como prioridade” desde o início da gestão. Entre as medidas citadas estão a aprovação da PEC da Segurança Pública e a sanção de leis que tipificam as organizações criminosas.
Um dos eixos centrais desta política é a atuação da Força Integrada de Cooperação de Ação (FICO), uma parceria da Polícia Federal com as polícias estaduais. O modelo, considerado bem-sucedido em estados do Nordeste, combina a inteligência e a capacidade de investigação da PF, inclusive por meio do rastreamento de movimentações financeiras pelo COAF, com a presença local das forças estaduais.
Rui Costa citou uma operação recente na Bahia que resultou em 31 prisões, incluindo suspeitos localizados fora do estado, como um exemplo dos frutos dessa colaboração. “Essas operações vão continuar. O presidente Lula já determinou o envio de mais recursos para apoiar a Polícia Federal nessas ações de cooperação com os estados, inclusive com o Rio de Janeiro”, afirmou.
As declarações do ministro foram realizadas durante a vistoria de obras na Cidade Baixa e a assinatura da ordem de serviço para a macrodrenagem do Novo PAC no bairro de Castelo Branco.









