O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), confirmou, em entrevista nesta terça-feira (7), sua pré-candidatura a uma das duas vagas do estado da Bahia no Senado Federal para as eleições de 2026. Para formalizar a disputa, ele precisará deixar o cargo no governo até o final de março ou início de abril do próximo ano. Enquanto isso, o senador Ângelo Coronel (PSD) se disse contrário à formação de uma chapa majoritariamente petista.
Durante participação no programa Toda Hora, da Salvador FM, Rui detalhou os próximos passos para a sua campanha. Ele afirmou que irá dialogar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e demais lideranças do grupo político para acertar os detalhes da candidatura.
“Meu nome está colocado sim para uma vaga ao Senado. Conversei com o presidente Lula. Ano que vem são duas vagas ao Senado, cada estado brasileiro tem duas vagas, e vou colocar meu nome a uma dessas duas vagas. Ocupo o cargo de ministro e, portanto, para ser candidato, tenho que sair do governo até final de março, início de abril, é o tempo máximo que a Justiça Eleitoral determina. Até lá vou voltar a conversar com o presidente, com o nosso grupo político, com o governador [da Bahia] Jerônimo Rodrigues, com o senador Jaques Wagner, para a gente ajustar”, declarou ao ser questionado.
O ministro também abordou a necessidade de unidade entre os partidos aliados, citando especificamente as tratativas com o PSD. Ele defendeu uma eleição focada no desenvolvimento nacional e encerrou com uma crítica a propostas como a PEC da Blindagem, que atribuiu ao povo o apelido de “bandidagem”.
“Estamos conversando com o PSD, vamos manter a nossa unidade política e ir para uma eleição mais do que nunca, cuidando do Brasil, com o horizonte do país continuar crescendo, gerando oportunidade de emprego, melhorando a vida das pessoas e acabando com privilégios. Se Deus quiser, fazer com que o povo brasileiro participe bastante para que a gente não tenha mais esses modelos de projetos, como foi a PEC da blindagem”, completou.
A movimentação de Rui Costa, no entanto, segue gerando atritos na base aliada. Coronel se disse contrário à chapa “puro-sangue”. Em entrevista à rádio A Tarde FM, também nesta terça-feira (7), o senador, que também é pré-candidato, afirmou que o PSD buscará manter os espaços conquistados na coalizão.
“Não ainda existe uma chapa montada, mas o PSD quer manter o seu espaço na chapa. Somos o maior partido da Bahia e temos expressivas bancadas estadual e federal. O PSD quer manter os seus espaços conquistados e não se abre mão. Angelo Coronel é pré-candidato”, disse o parlamentar. “Eu confio no bom senso dos atores políticos da Bahia e acredito que Otto que vai conduzir bem essa indicação. Este é um casamento em que os dois tem que se dar bem”, acrescentou.










