O Sindicato dos Rodoviários de Salvador anunciou, após assembleia realizada nesta quinta-feira (15), o estado de greve, que deve começar na próxima semana, seguindo os trâmites legais. Uma nova reunião está marcada para as 15h, e, se aprovada, a categoria promete realizar a maior paralisação da história da capital baiana.
Em entrevista ao Jornal A Tarde, Fábio Primo, diretor do Sindicato, afirmou que nesta sexta-feira (16) terá uma mediação na Superintendência Regional de Trabalho. “Esperamos que possamos avançar. Mas assim, pela experiência que a gente tem, eu estou enxergando muito longe um final feliz nessa história da campanha salarial”.
O objetivo, segundo ele, é evitar a greve, mas as negociações estão difíceis. “A gente sabe do prejuízo que é uma greve para a cidade de Salvador, a gente sabe muito da nossa importância na mobilidade, por isso que a gente veio desde o final de março, prolongando, negociando para que a gente evite uma greve”.
O processo começou em março, quando a pauta foi entregue. Desde então, o sindicato aguardou respostas dos empresários, mas o prazo se esgotou sem avanços. Uma assembleia foi realizada nas portas das garagens, atrasando a saída de ônibus como forma de protesto.
“Temos um edital com prazo de cinco dias para avisar a população, e outro, de três dias, que é o da greve. Este atual é referente à Assembleia de deliberação de estado de greve; o próximo, de três dias, será o aviso final à população”.
Ele ainda reforçou que a categoria está agindo dentro da lei. “Estamos construindo tudo isso para se a gente chegar à greve, ela não seja ilegal nem abusiva. A gente faz as coisas todas dentro da legalidade. Para que se caso a gente chegar numa greve, os trabalhadores não tenham prejuízo como teve no passado”.