Agentes da Receita Federal apreenderam 60 canetas do medicamento Mounjaro, avaliadas em R$ 300 mil, no Aeroporto Internacional de Salvador. O flagrante aconteceu na noite de quarta-feira (23), quando a equipe de vigilância encontrou os itens escondidos na mochila de um passageiro francês de 21 anos, que chegou à Bahia em um voo vindo de Lisboa.
Desde fevereiro de 2024, os fiscais já recolheram mais de 11 mil canetas do remédio em aeroportos do país. Só em 2025, foram cinco mil.
A Receita identificou o suspeito por meio da análise do perfil dos passageiros. Ao passar a bagagem pelo scanner, os agentes confirmaram a presença das canetas. O jovem, que veio originalmente da Irlanda, não apresentou receita médica, exigida para esse tipo de transporte.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite a importação do Mounjaro apenas por pessoas físicas, com prescrição médica. No Brasil, a venda do produto é proibida. Além disso, o medicamento — feito à base de Tirzepatida — precisa ser mantido refrigerado, o que não ocorreu durante o transporte, colocando em risco sua eficácia e a saúde de quem consumiria.
A Receita informou que vai representar o caso ao Ministério Público, que pode abrir investigação criminal.