Professor da Ufba é demitido após denúncias de assédio sexual na Bahia

 Professor da Ufba é demitido após denúncias de assédio sexual na Bahia

Foto: Reprodução/ Ascom/Setur-BA

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Um professor de filosofia da Universidade Federal da Bahia (Ufba) foi demitido após denúncias de assédio sexual. De acordo com um documento emitido pela instituição de ensino, assinado na quarta-feira (22), os três episódios aconteceram em 2020.

Duas alunas e uma funcionária da universidade fizeram as denúncias. Em todos os casos, elas relataram que inicialmente tinham relações cordiais com o professor, até que ele passou a enviar mensagens de teor sexual.

A primeira pessoa mulher a denunciar o professor na reitoria da universidade foi a funcionária da instituição, em 2021. Depois dela, as duas alunas prestaram as queixas. 

A primeira vítima relata que foi surpreendida pelas mensagens de teor sexual do professor. Nelas, o docente fazia comentários sobre a vítima e sobre a filha dela, que tinha menos de 18 anos na época.

A segunda vítima relata em depoimento à faculdade que foi convidada para ir até o apartamento do docente, em julho de 2020. Ela acreditou que o convite estava a associado a confraternização de um projeto onde eles atuavam juntos. O documento não detalha o que de fato ocorreu na casa do professor, mas a vítima indica que teria sido acariciada e dopada pelo profissional.

A terceira vítima relata que o professor enviava mensagens como “quero te beijar”, “você é linda” e “quero ficar contigo”. Mas um dia depois ele teria pedido desculpas e atribuiu a situação a “estar passando por momentos difíceis”. Para a direção da faculdade, a vítima disse que ele voltou a escrever mensagens de teor sexual, onde afirmava que queria que ela engravidasse dele e ofereceu R$ 5 mil para que eles ficassem juntos.

Decisão da UFBA

Segundo em documennto publicado pela universidade, a defesa do professor apresentou laudos que comprovam que ele foi diagnosticado com transtorno bipolar, o que “não compromete o seu cognitivo, mas interfere na manifestação comportamental”. O professor assumiu a autoria das mensagens enviadas , mas negou ter acariciado e dopado a aluna que foi até sua casa.

A comissão da universidade considerou o caso como situação análoga à hipótese de semi-imputabilidade do Código Penal brasileiro, que autoriza a punição do autor, mas impõem uma redução de pena.