Produção industrial baiana registrou queda de 6% em julho
Em julho de 2023, a produção industrial (transformação e extrativa mineral) da Bahia, ajustada sazonalmente, registrou queda de 6,0% frente ao mês imediatamente anterior, após ter registrado aumento em junho com taxa de 0,7%. Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria baiana assinalou recuo de 3,0%. No período de janeiro a julho de 2023, o setor industrial acumulou taxa negativa de 3,5% e no indicador acumulado dos últimos 12 meses acumulou queda de 4,4% em relação ao mesmo período anterior. As informações fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação de julho de 2023 com igual mês do ano anterior, a indústria baiana apresentou queda de 3,0%, com nove das 11 atividades pesquisadas assinalando recuo da produção. O segmento de Produtos químicos (-16,1%) exerceu a principal influência negativa no período, explicada especialmente pela menor fabricação de bens químicos de uso industrial como etilbenzeno. Outros resultados negativos no indicador foram observados nos segmentos de Metalurgia (-19,5%), Derivados de petróleo (-2,6%), Borracha e material plástico (-8,1%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-26,9%), Extrativo (-7,8%), Celulose, papel e produtos de papel (-3,5%), Minerais não metálicos (-0,4%) e Bebidas (-0,1%). Por sua vez, os segmentos de Produtos alimentícios (17,8%) e Couro, artigos para viagem e calçados (72,2%) registraram crescimento no período, devido, principalmente, ao aumento na fabricação de açúcar cristal e carnes de bovinos frescas e refrigeradas.
No acumulado de janeiro a julho de 2023, comparado com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial baiana registrou queda de 3,5%. Oito dos 11 segmentos da Indústria geral contribuíram para o resultado, com destaque para o segmento Extrativo (-30,9%) que registrou a maior contribuição negativa, devido à queda na produção de óleos brutos de petróleo, gás natural, minérios de cromo e seus concentrados e minérios de cobre em bruto. Outros segmentos que registraram decréscimo foram: Produtos químicos (-9,8%), Celulose, papel e produtos de papel (-6,6%), Derivados de petróleo (-1,4%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-19,0%), Borracha e material plástico (-3,6%), Minerais não metálicos (-2,6%) e Metalurgia (-0,6%). Por sua vez, o segmento de Produtos alimentícios (12,2%) exerceu a principal influência positiva no período, explicada especialmente pela maior fabricação de açúcar cristal, óleo de soja refinado, carne de bovinos, leite em pó e manteiga de cacau. Outros resultados positivos no indicador foram observados nos segmentos de Couro, artigos para viagem e calçados (10,0%) e Bebidas (1,3%).
No indicador acumulado dos últimos 12 meses, comparado com o mesmo período anterior, a produção industrial baiana registrou queda de 4,4%. Seis segmentos da Indústria geral contribuíram para o resultado, com destaque para a Extrativa (-25,2%) que registrou a maior contribuição negativa. Outros segmentos que registraram decréscimo foram: Metalurgia (-17,8%), Derivados de petróleo (-3,3%), Produtos químicos (-7,5%), Borracha e material plástico (-3,8%) e Celulose, papel e produtos de papel (-1,7%). Por outro lado, os resultados positivos no indicador foram observados nos segmentos de Minerais não metálicos (1,5%), Bebidas (0,7%) e Produtos alimentícios (3,3%).
Comparativo regional
O declínio da produção industrial nacional, com taxa de -1,1%, na comparação entre julho de 2023 com o mesmo mês do ano anterior, foi acompanhado por 10 dos 17 estados pesquisados, destacando-se as principais taxas positivas assinaladas por Amazonas (-11,1%), Mato Grosso do Sul (-11,1%) e Maranhão (-6,8%). Por outro lado, Rio Grande do Norte (50,7%), Espírito Santo (31,7%) e Pernambuco (8,9%) registraram as principais variações positivas nesse mês.
No período de janeiro a julho de 2023, oito dos 17 locais pesquisados registraram taxa negativa, com destaque para os recuos mais acentuados em Ceará (-6,0%), Rio Grande do Sul (-5,9%) e Maranhão (-4,0%). Por sua vez, Rio Grande do Norte (9,8%), Amazonas (6,5%), Minas Gerais (5,0%) e Rio de Janeiro (4,3%) registraram os maiores avanços no período.