Prejuízo estimado para o Rio Grande do Sul é de R$ 10 bi

 Prejuízo estimado para o Rio Grande do Sul é de R$ 10 bi

Enchentes atingem municípios baianos – Foto: Reprodução

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As enchentes no Rio Grande do Sul deixaram o estado devastado, afetando gravemente a economia. Os prejuízos são estimados em cerca de R$ 10 bilhões. Comerciantes, empresários e lojistas aguardam ansiosamente pela reconstrução das áreas afetadas.

“A capital será o último lugar a ser reconstruído, pois a maioria das estradas comprometidas vem do interior até a capital. Para que o varejo volte a funcionar, podemos esperar entre 30 e 45 dias. Isso deve ocorrer simultaneamente em todas as regiões, pois o interior tem um giro de capital muito menor”, afirmou Ivonei Pioner, presidente da Federação Varejista do Rio Grande do Sul.

O prazo de reconstrução das cidades é visto como crucial para limitar os prejuízos. A expectativa é que a normalidade no setor na região só retorne no final do ano. A entidade que representa os varejistas do estado prevê que a reabertura do comércio começará pelo interior e se estenderá até a capital. Dadas as circunstâncias atuais, as lojas devem levar pelo menos um mês para retomar as operações.

Segundo a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), 65% dos estabelecimentos gaúchos conseguiram retomar suas atividades. Entretanto, mais da metade dos locais (55%) enfrenta problemas com fornecimento de água, e 33% ainda estão sem energia elétrica.

“Ao contrário do drama de saúde que foi a pandemia, este desastre é muito mais grave. A recuperação será lenta e árdua, pois durante a pandemia ainda tínhamos o delivery. Agora, é impossível trabalhar sem energia e água”, relatou Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.

O segmento de livros e papelaria é extremamente sensível às enchentes. Diante da tragédia, o setor não consegue estimar o tamanho do prejuízo. A atividade também sofre com a perda de móveis, veículos e equipamentos eletrônicos.

“É muito difícil recuperar qualquer livro afetado pela água. Há relatos de que os livros ficam comprometidos com a umidade após apenas 10 dias em ambiente alagado”, disse Maximiliano Ledur, presidente da Câmara Rio-grandense do Livro.

A Federação Varejista do Rio Grande do Sul estima que os prejuízos do setor até o momento girem em torno de R$ 10 bilhões. O valor leva em conta as perdas de materiais e estoques devido à devastação. A expectativa é de que a volta à normalidade do setor na região só ocorra no fim do ano.