A Polícia Civil da Bahia deu início à Operação Silêncio das Armas com a destruição de 1.200 armas de fogo apreendidas em investigações nos últimos três anos. A ação, realizada na base da Core, em Salvador, utilizou um rolo compressor para inutilizar os armamentos, que incluíam fuzis, submetralhadoras, pistolas, revólveres e espingardas artesanais. A meta é eliminar 30 toneladas de armas ilegais até o final do ano.
O secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, destacou o impacto da medida: “Mostra a quantidade de armamentos que temos conseguido apreender no estado. Apenas este ano, já registramos um aumento de mais de 20% em relação ao mesmo período do ano passado, incluindo armas de alto poder de fogo, como as que foram destruídas hoje”. Ele também reforçou a ampliação de operações integradas em Salvador e no interior.
O delegado-geral da PC, André Viana, explicou que muitas armas vieram de rotas ilegais de outras regiões do país: “Essas armas chegaram aqui para matar. Nosso papel é eliminá-las de forma definitiva”. Já Arthur Gallas, coordenador da Fiscalização de Produtos Controlados, alertou sobre o aumento de armas de alta letalidade nas mãos do crime: “Infelizmente, temos visto um aumento no uso de fuzis e submetralhadoras por facções criminosas”.
A operação também serviu como teste logístico para as próximas etapas, que incluem a destruição de drogas e veículos apreendidos. A Bahia deve receber novos fuzis calibre 7.62 para reforçar o combate ao crime organizado.