A Polícia Federal abriu investigação para apurar suspeita de falsidade ideológica e falsificação de documentos no caso envolvendo uma recepcionista baiana que solicitou licença-maternidade para cuidar de uma boneca reborn.
A apuração teve início após o advogado José Sinelmo Lima Menezes denunciar que seu nome e número da OAB foram utilizados de forma indevida na petição inicial do processo. Segundo ele, não teve qualquer relação com a reclamante ou envolvimento na ação.
De acordo com Sinelmo, a petição foi, na verdade, protocolada por outra advogada, Vanessa de Menezes Homem, que representa a funcionária. O nome do denunciante, no entanto, foi incluído em uma procuração considerada fraudulenta. A situação causou prejuízos à sua reputação profissional, especialmente após a repercussão do caso nas redes sociais e em canais jurídicos.
Além da investigação criminal, o advogado apresentou denúncia à OAB-BA, pedindo providências no campo ético-disciplinar.
Diante da repercussão, a recepcionista solicitou a desistência do processo, alegando estar sendo ameaçada. A Justiça do Trabalho homologou o pedido e extinguiu o processo sem julgamento do mérito. A reclamante foi condenada ao pagamento de R$ 800 em custas processuais, valor dispensado por ter sido concedida a gratuidade judicial. O nome do advogado José Sinelmo também foi oficialmente retirado da autuação.