Oposição na Venezuela: “Não fiquei chorando e indiquei substituto para eleição”, diz Lula

 Oposição na Venezuela: “Não fiquei chorando e indiquei substituto para eleição”, diz Lula

Foto: Mateus Pereira/GOVBA

Compartilhe

Nesta quarta-feira (6), o presidente Lula (PT), sem citar nomes, declarou que a oposição na Venezuela não deveria ficar “chorando”. A fala do chefe de estado faz referência ao fato da candidata María Corina Machado, opositora do presidente Nicolás Maduro, ter sido impedida pela Suprema Corte do país de disputar as eleições presidenciais em 28 de julho de 2024.

“Fui impedido de concorrer às eleições de 2018, ao invés de ficar chorando, indiquei um outro candidato [Fernando Haddad (PT), derrotado por Jair Bolsonaro (PL)] que disputou as eleições”, declarou Lula durante entrevista a jornalista.

Mais cedo, jornalistas perguntaram ao presidente brasileiro se ele confiava nas eleições na Venezuela e se a disputa teria candidatos da atual oposição. “O que eles [Venezuela] me disseram, da reunião que tive na Celac [Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos], é que vão convidar olheiros do mundo inteiro. Mas se o candidato da oposição tiver o mesmo comportamento que o nosso aqui, nada vale”, afirmou o petista.

Mesmo não ficando muito claro o que Lula quis dizer ao falar que “nada vale”, o presidente não elaborou o assunto. Perguntado novamente sobre a comparação entre a oposição do Brasil e a oposição da Venezuela, Lula só criticou a oposição a Maduro.

As eleições venezuelanas estão previstas para 28 de julho. Data que marca o nascimento do ex-presidente Hugo Chávez (1954-2013). Maduro deverá tentar se reeleger pela 2ª vez.

Entretanto, os venezuelanos estão sem candidatos de oposição. O Supremo Tribunal de Justiça, ligado a Maduro, derrubou a candidatura de María Corina, líder da oposição no país; a polícia venezuelana prendeu a ativista Rocío San Miguel, outra cotada para a disputa. Segundo o governo Maduro, a ativista foi presa por terrorismo e traição à pátria.