O Cravinho, bar conhecido pela população soteropolitana e turistas de todo o país, foi interditado nesta quinta-feira (16) durante a Operação Bebidas Etílicas, uma ação conjunta. A interdição foi formalizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que constatou a comercialização de produtos sem registro para fabricação no órgão.
A operação, que está em seu quinto dia, fiscalizou estabelecimentos no Centro Histórico, onde fica O Cravinho, e no bairro de Pernambués. O foco das equipes foi verificar as condições de armazenamento, validade, rotulagem e regularidade das bebidas alcoólicas.
Irregularidades encontradas
Além da falta de autorização do MAPA para a fabricação dos destilados, que motivou a interdição da cachaçaria, a fiscalização identificou no local infusões alcoólicas e outros produtos engarrafados sem registro para produção e comercialização. Foram coletadas cinco amostras das bebidas, que serão analisadas pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Em paralelo, em um depósito em Pernambués, a mesma operação encontrou garrafas de cachaça sem origem comprovada e produtos vencidos. O material foi apreendido e o proprietário, conduzido à Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon) para responder por comercialização de mercadorias impróprias.
Perigo à saúde pública
A iniciativa, que contou com o suporte da Codecon e do DPT, foi classificada pelas autoridades como uma medida cautelar. O motivo central da interdição de O Cravinho é o perigo à saúde, vinculado ao consumo de produtos fora do padrão. A principal ameaça identificada são os potenciais danos causados pelo metanol presente nessas bebidas irregulares.
A operação é um trabalho conjunto da Polícia Civil da Bahia, através da Decon, com o apoio do Procon-BA, do DPT e do MAPA. As fiscalizações em estabelecimentos comerciais seguem ativas na capital baiana, sem que haja uma previsão para a reabertura de O Cravinho ou anúncio de penalidades extras. Novas ações estão programadas para os próximos dias.