Petrobras avança nas negociações para a recuperação da refinaria Mataripe

 Petrobras avança nas negociações para a recuperação da refinaria Mataripe

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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A Petrobras segue avançando para recomprar a refinaria de Mataripe, localizada no município de São Francisco do Conde, na região metropolitana de Salvador. A estatização é uma das medidas que estão sendo adotadas pela atual gestão do presidente Lula.

O desejo da Petrobras é recomprar a refinaria de forma integral, em concordância com o governo e com a disposição da Acelen em vender a operação com petróleo e entrar como sócia da estatal em um projeto de energia renovável que teria início do zero.

Dentro da Petrobras, o assunto ainda está em evolução na diretoria executiva e, no cenário mais otimista, espera-se que a estatal faça uma proposta vinculante para a recompra da refinaria em setembro. Nesse calendário, a tendência é que o negócio só seja efetivamente fechado em 2025. Porém, tudo isso requer apreciação pelo conselho de administração da companhia, o que ainda não aconteceu, segundo integrantes do colegiado e do próprio governo.

O presidente do conselho da Petrobras, o secretário de petróleo e gás do Ministério de Minas e Energia (MME), Pietro Mendes, ainda não fechou a pauta da reunião do dia 26. O ex-presidente Jean Paul Prates, favorável a uma sociedade com a Acelen e não à recompra total, chegou a dizer que a companhia teria uma posição definida sobre o tema entre junho e julho.

Uma das principais questões nas negociações sobre a refinaria de Mataripe é o preço de venda. Há um consenso sobre um valor de mercado que considere as melhorias feitas pela Acelen, mas ainda não se chegou a um acordo definitivo. A antiga Refinaria Landulpho Alves foi vendida para a Acelen em 2021 por US$ 1,65 bilhão, como parte de um acordo com o Cade para reduzir o monopólio da Petrobras.

Após a venda da Rlam, a Petrobras vendeu outras duas unidades menores, mas interrompeu a venda de refinarias maiores devido a motivos econômicos e políticos, especialmente com a volta de Lula ao poder e sua abordagem estatista.

Com a Acelen isolada no mercado, a Petrobras aumentou sua produção de diesel e gasolina, competindo com a Acelen no Nordeste com produtos a preços competitivos devido aos menores custos de produção. Esse contexto levou a Acelen a buscar, no fim do ano passado, uma parceria ou a revenda do ativo.