O senador Jaques Wagner (PT) reafirmou que o grupo governista baiano permanecerá unido para as eleições de 2026, negando qualquer possibilidade de ruptura interna. A declaração foi dada em entrevista à rádio 95 FM, de Jequié, nesta terça-feira (18), após as especulações sobre a composição da chapa voltarem aos holofotes.
A saída do senador Ângelo Coronel (PSD) da base aliada e a manutenção de Geraldo Júnior (MDB) como vice-governador são questões que têm gerado atrito no grupo. Recentemente o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) alertou o bloco governista sobre uma suposta guinada de ACM neto (União Brasil) no interior do estado. Segundo o emedebista, sua legenda será importante para a manutenção de Jerônimo Rodrigues (PT) no comando do Palácio de Ondina.
Em resposta ao alerta de Geddel, o governador iniciou uma rodada de conversas com a cúpula do MDB para alinhar os rumos da aliança para as eleições de 2026. O encontro contou com a bancada do partido na Assembleia Legislativa, composta pelos deputados Rogério Andrade e Matheus Ferreira, além dos irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima e do presidente estadual da sigla, Jayme Vieira Lima.
Apesar dos atritos recentes, Wagner projetou otimismo e confiança na solução dos impasses. “Nós combinamos de conversar sobre a chapa para 2026 na Bahia de dezembro para janeiro. Temos um bom problema: três candidatos para duas vagas no Senado Federal, mas há maturidade suficiente para encontrar uma solução que atenda a todos. Nós não vamos rachar o grupo”, garantiu o parlamentar petista.
O governador Jerônimo também já se manifestou favorável à manutenção da coalizão. No entanto, o cenário pode ‘esquentar’ com a confirmação da candidatura do ministro Rui Costa (PT) a uma vaga no Senado. Se oficializada, a mudança poderia levar à consolidação de uma chapa majoritária inteiramente petista, reunindo os “três governadores”, Jaques Wagner, Rui Costa e o próprio Jerônimo Rodrigues, e escanteando Coronel.
