Mulher se revolta durante atendimento e quebra equipamentos em UPA de Feira de Santana
Na madrugada desta terça-feira (3), uma mulher se irritou com a demora no atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro Queimadinha, em Feira de Santana. Ela quebrou equipamentos, ameaçou e tentou agredir funcionários.
A suspeita não identificada levou os dois filhos para receber atendimento na unidade de saúde. Segundo informações da Polícia Civil, ambos apresentavam tosse persistente e febre. Ao ser informada que o local estava recebendo apenas casos de urgência e emergência, devido à superlotação e falta de insumos essenciais. Por esse motivo, a mulher se revoltou.
Em um vídeo que circula pelas redes sociais, é possível ver profissionais de saúde segurando a porta de uma sala, enquanto a mulher tenta abrir, xingando e ameaçando o grupo.
O caso é investigado pela 2ª Delegacia Territorial. A Polícia Militar (PM) foi acionada por volta das 2h, contudo, ao chegar ao local, ela já não estava mais na unidade.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou uma nota comentando sobre o caso. Confira abaixo:
“A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que, após apuração dos fatos, constatou-se que não procedem as informações sobre falta de insumos ou restrição de atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) do bairro Queimadinha. O ocorrido envolveu um caso de desacordo quanto à natureza do atendimento realizado, seguido de atos de violência por parte da mãe de duas crianças que foram atendidas na unidade.
Na madrugada desta terça-feira (03), às 2h29, uma genitora chegou à unidade com duas crianças apresentando queixa de tosse há quatro dias. O atendimento foi devidamente iniciado com cadastro, classificação de risco, exame físico pela médica de plantão e orientações adequadas ao caso. A avaliação indicou que as crianças não apresentavam desconforto respiratório, tinham saturação de 98% e estavam sem febre. Durante o relato, foi observado que as crianças acompanhavam normalmente a mãe, inclusive correndo pela sala, confirmando a estabilidade do quadro clínico.
Por se tratar de uma situação não urgente, a médica informou à mãe que a mesma deveria ter procurado uma unidade básica de saúde anteriormente, durante o dia.
Diante das orientações prestadas, a genitora demonstrou insatisfação, interrompendo as profissionais e iniciando uma sequência de ofensas verbais, seguida de atos de agressão física e vandalismo. A mãe danificou um computador da sala médica, quebrou o portão da recepção, tentou invadir o consultório médico e arremessou pedras contra as instalações, danificando o vidro da janela. As profissionais presentes precisaram se refugiar e pedir socorro. Antes de deixar a unidade, a genitora ainda proferiu ameaças graves contra a integridade física da equipe.
A Secretaria de Saúde reforça seu compromisso com a segurança dos usuários e profissionais e lamenta profundamente os acontecimentos, que estão sendo encaminhados às autoridades competentes para as devidas providências. Os profissionais registraram Boletim de Ocorrência na delegacia da Polícia Civil. A UPA 24h do bairro Queimadinha segue funcionando normalmente, com insumos adequados e equipe disponível para atender às demandas da população, respeitando os protocolos de atendimento previstos.”