O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou qualquer tipo de acordo com a oposição para a retomada das votações no Plenário, interrompidas após protestos relacionados à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (7), ele rejeitou especulações sobre negociações e reforçou a autonomia da Casa.
“A presidência da Câmara é inegociável, quero que isso fique bem claro”, declarou Motta, rebatendo reportagens que sugeriam concessões para normalizar os trabalhos. “A retomada dos trabalhos não está vinculada a nenhuma pauta”, acrescentou, enfatizando que “o presidente da Câmara não negocia suas prerrogativas, nem com a oposição, nem com o governo, nem com ninguém”.
Segundo ele, a solução para a crise foi construída por meio do diálogo, sem abrir mão do regimento interno ou da Constituição. “Diante de toda a tensão criada, nós conseguimos construir, pautados no diálogo, a solução menos traumática para que a Casa pudesse retomar sua normalidade”, afirmou. Motta destacou ainda o respeito ao contraditório e à pluralidade de ideias como fundamentais para o funcionamento do Parlamento.
As atividades foram retomadas nesta manhã, após um dia de articulação com as lideranças partidárias. O presidente reiterou o compromisso com a institucionalidade, garantindo que a Câmara continue sendo um espaço de debate democrático.
