Moradores do condomínio Jardim Atalaia, no bairro do Stiep, em Salvador, denunciaram uma série de envenenamentos contra gatos em situação de rua na região. Ao todo, ao menos três animais teriam sido envenenados, incluindo uma gata doméstica.
Segundo os moradores, os animais faziam parte de uma colônia de aproximadamente 14 gatos em situação de rua, alimentados e castrados por voluntários. A prática, conhecida como “adoção comunitária”, visa controlar a população felina de forma ética e responsável. Os casos de envenenamento começaram há cerca de dois meses, quando uma gata doméstica morreu após ingerir veneno dentro do condomínio.
De acordo com o Bahia Notícias, recentemente, no domingo (21), um gato preto e branco foi encontrado morto na casa de um morador, que relatou ter visto espuma na boca do animal antes de descartá-lo em um saco de lixo. Já na terça-feira (23), um gato laranja foi vítima de envenenamento na rua Araguaia, também dentro do condomínio. O animal foi encontrado em estado grave e socorrido por moradores, que arcaram com o internamento e a medicação de emergência. Um laudo da clínica veterinária confirmou o envenenamento.
A denúncia dos moradores aponta que a administração condominial não se manifestou oficialmente sobre os casos. “Moradores expressam preocupação com a gravidade da situação, já que a presença de substâncias tóxicas em áreas comuns ou privadas representa risco não apenas para gatos e cães, mas também para crianças que circulam pelo condomínio”, diz a nota do grupo de moradores.
O mesmo grupo, responsável pela alimentação da colônia de animais comunitários, ressalta que a iniciativa sempre foi voluntária e organizada, com a maioria dos animais já castrada para evitar o aumento da população. Eles apontam que os episódios de envenenamento não são isolados, mas parte de uma sequência de casos já discutidos em reuniões condominiais.
Segundo relatos, um grupo de condôminos demonstra insatisfação com a presença dos animais e defende que eles “não deveriam estar ali”. A nota do grupo destaca que “as manifestações contrárias à manutenção da colônia no condomínio, no entanto, não justificam práticas ilegais e representam risco à saúde pública, reforçando a necessidade de apuração formal”.
Conforme a Lei nº 9.605/1998, que trata de crimes ambientais, o ato de envenenar, maltratar ou abusar de animais é conduta passível de detenção e multa. A pena pode variar de três meses a um ano de prisão, além de outras penalidades. A Polícia Civil solicita que os casos sejam registrados formalmente para a devida apuração.










