Marta critica concessão privada do Elevador Lacerda

Foto: Reginaldo Ipê/CMS

A vereadora Marta Rodrigues (PT) questionou publicamente a prefeitura de Salvador pela cessão de salas do Elevador Lacerda para um espaço de festas privativo. Em pronunciamento nesta terça-feira (28), a parlamentar acusou o prefeito Bruno Reis (União Brasil) de promover a “elitização dos patrimônios públicos” sem transparência ou licitação.

De acordo com Marta, a gestão confirmou que o local tombado pelo Iphan foi alugado para a empresária Andrea Velame, responsável pelo evento Conceito Wedding 2025. No entanto, a vereadora afirma que detalhes cruciais foram omitidos. “Não explica por que ela foi a escolhida, não revela valores quando é questionado pela imprensa, nem disponibiliza as informações no Portal da Transparência. Tudo feito à revelia, para atender interesses de seus amigos”, criticou.

A parlamentar destacou que uma placa no local já estabelece uma separação visível entre o bem público e a população. Para ela, o silêncio sobre a possibilidade de sublocação do espaço pela locatária aprofunda a falta de clareza. “A prefeitura precisa explicar de forma imediata quem autorizou o uso, quanto foi pago, para onde foi o dinheiro e se há autorização legal para sublocação. O mínimo que se espera é transparência”, completou.

“O prefeito trata o Elevador Lacerda como se fosse um bem privado, disponível para quem pode pagar, e não um símbolo de Salvador. É um completo absurdo. Não se trata apenas de uma sala ou de um evento: é o uso indevido de um patrimônio histórico em benefício de interesses particulares, sem transparência, sem licitação e sem debate público”, afirmou.

A vereadora finalizou apontando o contraste entre o uso cotidiano da Praça Municipal e a exclusividade do novo empreendimento. “Quem passa ali, especialmente quem é morador da cidade, sente de imediato a diferença. O Elevador Lacerda é um símbolo da identidade baiana e soteropolitana”, destacou.

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