A vereadora Marta Rodrigues (PT) declarou apoio à greve dos professores da rede municipal de Salvador, que já ultrapassa 20 dias e afeta mais de 131 mil alunos. Durante agenda do Governo do Estado, ela afirmou que apenas a prefeitura pode mediar uma solução, mas destacou que a paralisação não é o desejo da categoria.
“A gente tem dialogado com a APLB Sindicato, eles têm buscado também a esse entendimento porque a greve é o último recurso que uma categoria vai lá para acontecer. A categoria não quer fazer greve, porque greve tem esse desgaste, que depois tem a situação que uns falam que vão cortar ponto, contra-cheque vem zerado e outros dizem que não”.
“Então tudo isso é um prejuízo tanto para a categoria e para os pais e mães e para os estudantes, porque se não tem aula, as mães também que têm a escola onde vão deixar seus filhos para poder trabalhar ou para fazer alguma outra ação. Acaba não conseguindo ir porque tem que dar a prioridade para os seus filhos”, explicou.
Marta criticou a falta de diálogo do prefeito Bruno Reis (União) com os professores e afirmou que o reajuste salarial proposto foi “fatiado”, sem consulta à categoria. Ela também questionou a forma acelerada como o projeto foi votado na Câmara, sem espaço para debate.
“Eu sei que não temos maioria na Câmara, nós respeitamos o rito, nós sabemos que nós somos minoria, que nós vamos perder, mas a gente quer que o rito seja respeitado. E o debate, isso é dado da democracia. Então é isso que a gente tem pedido, mandamos, encaminhamos também para o prefeito. E continuamos, como eu já falei na Câmara, nós temos lado, o nosso lado é dos trabalhadores, na defesa dos trabalhadores, do povo que mais precisa. Por isso que o povo nos elegeu pra estar ali, naquele espaço”, completou.
A vereadora reforçou que o plano de carreira foi alterado sem discussão, prejudicando professores e coordenadores pedagógicos. “O prefeito tinha que voltar e negociar, mas ele acaba agredindo ainda mais a categoria”, concluiu.