A vereadora Marta Rodrigues (PT), irmã do governador Jerônimo Rodrigues (PT), cobrou uma análise rigorosa do Ministério Público da Bahia (MP-BA) sobre a renovação do contrato com a Battre do aterro sanitário de Salvador, feita pela prefeitura sem licitação. Ela acusa o prefeito Bruno Reis (União Brasil) de priorizar “interesses próprios” em vez de debater publicamente o tema, ignorando alertas técnicos sobre riscos à população.
“[A análise] é essencial para que não passe despercebido esse absurdo, que só demonstra o quanto a Prefeitura de Salvador tem sido omissa com a legalidade e parece favorecer interesses próprios em detrimento da transparência e do interesse público”, afirmou a petista.
A parlamentar vinculou o caso à Operação Overclean, da Polícia Federal, que prendeu José Marcos de Moura, conhecido como “Rei do Lixo da Bahia”, por suspeitas de fraude em licitações. Moura teria ligações com o ex-prefeito ACM Neto e com o atual gestor.
“Não podemos mais aceitar que o lixo de Salvador continue sendo moeda de troca para interesses privados e políticos. Esse histórico de contratos milionários, conexões políticas e suspeitas de ilegalidades precisa ser investigado com rigor e transparência”, declarou.
Bruno Reis justificou a renovação retroativa com a empresa Battre como o “caminho economicamente mais vantajoso e viável para a cidade”. O acordo, válido por 20 anos, inclui também outros dois municípios da região metropolitana.