Em meio aos preparativos para as eleições de 2026, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que não irá barrar ministros de seu governo que desejarem concorrer ao Senado. O anúncio, feito nesta quinta-feira (8), coloca em evidência a complexa articulação partidária no estado da Bahia.
“O problema que eu tenho é que eu não gostaria que o Rui deixasse o governo. Mas eu também não tenho o direito de exigir sacrifício do ministro que tem oportunidade de se eleger. Então, quem quiser ser candidato será liberado para ser candidato. Eu não vou impedir o surgimento de novas lideranças do Brasil. O Brasil precisa muito. E, na Bahia, Rui é uma liderança extraordinária”, afirmou Lula durante entrevista à rádio Piatã FM.
A declaração do chefe do Executivo federal tem impacto direto no cenário baiano, onde o atual ministro da Casa Civil, Rui Costa, já sinalizou publicamente seu interesse em uma vaga no Senado. O estado terá duas cadeiras em disputa no pleito de 2026.
A situação, porém, gera um embate político na base aliada. O senador Jaques Wagner, também do PT, reafirmou que não abrirá mão de sua própria candidatura à reeleição. Paralelamente, o senador Angelo Coronel, do PSD, manifesta a mesma intenção, sendo contrário a uma chapa “puro-sangue” do PT.
