Lula chama de “carnificina” guerra na Faixa de Gaza e pede fim dos bloqueios em Cuba

 Lula chama de “carnificina” guerra na Faixa de Gaza e pede fim dos bloqueios em Cuba

Foto: Reprodução

Compartilhe

Nesta sexta-feira (1°), durante a Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), o presidente Lula (PT) voltou a criticar a comunidade internacional pela “indiferença chocante” à “carnificina” na Faixa de Gaza. O encontro aconteceu em São Vicente e Granadinas um dia após o Exército israelense atirar contra civis em Gaza que faziam fila por comida, deixando mortos e feridos.

Ao lado do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, Lula pediu aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, únicos com poder de veto, que “deixem de lados suas diferenças e ponham fim a essa matança”. O presidente brasileiro tem sido uma das principais vozes críticas aos ataques de Israel à região palestina.

“Já são mais de 30 mil mortos. As vidas de milhares de mulheres e crianças inocentes estão em jogo. As vidas dos reféns do Hamas também estão em jogo. Eu quero terminar dizendo para vocês que a nossa dignidade e humanidade estão em jogo. Por isso é preciso parar a carnificina em nome da sobrevivência da humanidade, que precisa de muito humanismo”, disse Lula na Celac.

“A indiferença da comunidade internacional é chocante”, continuou Lula. “A tragédia humanitária em Gaza requer de todos nós a capacidade de dizer um basta para a punição coletiva que o governo de Israel impõe ao povo palestino. As pessoas estão morrendo na fila para obter comida.”

Bloqueios em Cuba

O presidente do Brasil também defendeu o fim de bloqueios a Cuba nas relações internacionais. “Defender o fim do bloqueio em Cuba e a soberania argentina nas Malvinas interessa a todos nós”, afirmou.

Como fez no primeiro mandato, o fortalecimento da América do Sul e das relações entre os países latino-americanos tem sido um dos focos da pauta internacional do governo. Sem citar nomes, Lula pediu para acabar com as desavenças entre os líderes do continente.

“Nos últimos anos, voltamos a ser uma região balcanizada e dividida, mais voltada para fora do que para si própria. A intolerância ganhou força e vem impedindo que diferentes pontos de vista possam se sentar à mesma mesa. Estamos deixando de cultivar nossa vocação de cooperação e permitindo que conflitos e disputas, muitas delas alheias à região, se imponham”, finalizou Lula sobre a relação entre países latino-americanos.