Júri condena homem a mais de 40 anos de prisão por feminicídio em município do interior da Bahia

 Júri condena homem a mais de 40 anos de prisão por feminicídio em município do interior da Bahia
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Foto: Reprodução/MPBA

O Tribunal do Júri realizado ontem, dia 27, no Município de Lapão, condenou um homem a mais de 40 anos de prisão pelo feminicídio de uma mulher em 2019. O fisioterapeuta Alfredo Victor de Oliveira Mattos foi condenado a 40 anos e 10 meses de prisão por ter mandado matar e torturar Rafaela Gomes de Souza, em novembro de 2019, no Município de Lapão, com quem mantinha uma relação extraconjugal. O réu cumprirá a pena em regime fechado.

O Júri condenou também pelo feminicídio de Rafaela os réus Eriton  Dias dos Santos, conhecido como “Rato”, a 36 anos e 6 meses de prisão e Ramon da Silva Santana a 24 anos de prisão. Eles foram condenados pelos crimes de feminicídio, sequestro, de tortura e ocultação de cadáver.  

A acusação foi sustentada no Júri pelos promotores de Justiça Jair Antônio Silva de Lima titular da 4ª Promotoria de Justiça de Jacobina; Igor Clóvis Silva Miranda, titular da Promotoria de Justiça Especializada em Meio Ambiente, de âmbito regional, com sede em Jacobina; e Gustavo Pereira Silva, titular da 7ª Promotoria de Justiça de Irecê. A sessão foi presidida pela juíza Laíza Campos de Carvalho. 

Conforme a denúncia, no dia 20 de novembro de 2019, por volta das 19h, Alfredo Victor, temendo que sua relação extraconjugal fosse descoberta e diante da desconfiança da gravidez de Rafaela, tomou a decisão de sequestrar a vítima, mantê-la em cárcere e depois a assassinou de forma cruel, sem lhe dar qualquer chance de defesa. Para a execução do crime, Alfredo reuniu-se com o réu Eriton, cerca de uma semana antes assassinato, onde acordaram que Alfredo pagaria o valor total de R$4 mil para Eriton matar Rafaela.

Após ter sido sequestrada, Rafaela foi levada para um local na cidade de Lapão, onde ficou em cativeiro por quatro dias. Ela foi morta em um lixão desativado, no município de Irecê, onde Alfredo ordenou que Ramon pegasse um vasilhame com gasolina e despejasse sobre a vítima, ainda viva, tendo ateado fogo em seguida.