O senador Jaques Wagner (PT), líder do governo no Senado, afirmou que o aumento do IOF anunciado pelo governo tem como foco grandes fortunas e não afetará a população de baixa renda. Em entrevista ao programa Toda Hora, da Salvador FM, ele destacou que a medida visa equilibrar as contas públicas sem prejudicar o cidadão comum.
Wagner revelou que se reuniu com líderes políticos na residência oficial do presidente da Câmara para discutir o tema. Segundo ele, a taxação será aplicada apenas a pessoas jurídicas, como bancos e fintechs, setores que concentram altos lucros.
“Quero aproveitar para esclarecer algo para quem está nos ouvindo: primeiro, o aumento do IOF não tem nada a ver com pessoa física. É direcionado exclusivamente para pessoa jurídica. Trata-se de um imposto regulatório, necessário para organizar o sistema. É claro que ele também arrecada, o que ajuda o governo a cumprir suas metas fiscais”, explicou.
O petista defendeu a medida como uma forma de reduzir desigualdades, argumentando que é mais justo tributar grandes fortunas do que a classe trabalhadora. “E, sinceramente, eu acho melhor taxar bancos, taxar superbilionários, do que penalizar as pessoas mais simples”, completou.
A decisão do Ministério da Fazenda busca viabilizar políticas sociais, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil a partir de 2026. Wagner ressaltou a necessidade de combater a concentração de renda.
“Um dos grandes desafios do Brasil é a desigualdade social. Não tenho nada contra quem enriqueceu trabalhando ou recebeu herança de forma legal. Mas não dá para aceitar que 1% da população concentre a maior parte da renda, enquanto 50% ou 60% sobrevivem com até um salário mínimo, e muitos ainda vivem em extrema pobreza”.