Inflação da Região Metropolitana de Salvador ficou em 0,16% em março
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que na Região Metropolitana de Salvador (RMS) ficou em 0,16%, no mês de março.
O indicador desacelerou significativamente em relação a fevereiro, quando tinha sido de 0,96%, em grande parte pela influência sazonal do aumento no grupo educação naquele mês. Para o mês de março, foi o mais baixo dos últimos seis anos, em 2018 quando havia ficado em -0,27%.
Em março, o IPCA da RMS ficou igual ao do Brasil como um todo (0,16%), e foi o 10° dentre os 16 locais pesquisados separadamente pelo IBGE. Apenas a Região Metropolitana de Porto Alegre teve deflação no mês (-0,13%), enquanto os maiores índices foram verificados em São Luís, capital do Maranhão (0,81%), na RM de Belém, no Pará (0,54%) e no município de Aracaju, Sergipe (0,50%).
Alta em seis dos nove grupos de produtos e serviços
O maior aumento no mês e o principal impacto para cima no índice geral vieram do grupo saúde e cuidados pessoais (0,97%), que mostrou um quarto avanço médio consecutivo nos preços.
Os medicamentos em geral (produtos farmacêuticos, 1,93%) exerceram a principal pressão inflacionária no grupo, mas houve altas importantes também em itens de cuidados pessoais, como produtos para cabelo (6,39%, o que, individualmente, mais puxou o custo de vida para cima na RMS, em março), e nos planos de saúde (0,78%).
Mesmo aumentando menos do que em fevereiro, o grupo alimentação e bebidas (0,31%) também manteve uma contribuição importante para o IPCA de março, na RMS, desta vez com força maior da alimentação fora do domicílio (0,84%), sobretudo as refeições, ou seja, almoço ou jantar fora (0,62%).
Mas muitos alimentos comprados para consumo em casa também tiveram altas relevantes para a inflação do mês, como o tomate (17,02%), a banana-prata (8,04%) e a cebola (7,84%). Dos 10 produtos ou serviços cujos preços mais aumentaram em março, na RM Salvador, 8 foram alimentos, liderados pelo cheiro-verde (18,95%), o coentro (17,34%) e o tomate (17,02%).
Por outro lado, dentre os três grupos que registraram deflação na RMS, em março, a retração mais profunda e principal contribuição no sentido de segurar o IPCA vieram dos transportes (-0,60%), puxados fortemente pelas passagens aéreas (-19,35%). Elas foram o terceiro produto ou serviço com maior deflação no mês, abaixo de dois alimentos: o maracujá (-25,36%) e a cenoura (-23,44%).