Guardas municipais suspeitos de agressão são soltos

 Guardas municipais suspeitos de agressão são soltos

Foto: Divulgação

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Os dois guardas municipais presos no dia 11 de julho, suspeitos de envolvimento em episódios de tortura e lesão corporal grave em São Gonçalo dos Campos, no centro-norte do estado, foram soltos nesta sexta-feira (19). Uma das vítimas é um adolescente de 17 anos que foi agredido por guardas municipais durante uma festa da prefeitura.

A pedido do Ministério Público, a Justiça também decretou a suspensão do exercício da função pública e do porte de arma de fogo dos dois guardas municipais, além de outros cinco envolvidos.

No dia 1º de julho, durante uma festa em São Gonçalo dos Campos, um guarda municipal agrediu um adolescente com um cassetete, causando lesões graves que exigiram várias cirurgias no Hospital Geral do Estado em Salvador. Vídeos nas redes sociais mostram o jovem, de costas, sendo atingido e socorrido inconsciente.

No dia 2 de julho, outros guardas municipais agrediram um homem negro já detido, usando cassetetes, socos e chutes, e causando intenso sofrimento mental. Além disso, os agentes confiscaram o celular de uma testemunha para apagar fotos e vídeos da tortura, conforme relatado pelo promotor de Justiça Marcel Bittencourt.

No dia 4 de julho, a exoneração do comandante-geral da Guarda Municipal de São Gonçalo dos Campos, Márcio de Oliveira Machado, foi publicada no Diário Oficial do município.

A investigação municipal também determinou a instauração de um Processo Administrativo Disciplinar para apurar a conduta de outros guardas municipais envolvidos. Eles foram identificados como Luiz Cláudio Pedreira do Nascimento, Gustavo Costa Ferreira, Antônio Bonfim de Jesus Neri, José Roque Soares Filho e Jorge Nei Araújo. O agente Gustavo Costa Ferreira já havia sido afastado por 60 dias, sem prejuízo da remuneração, para garantir que não influenciasse na apuração dos fatos.

Foto: Reprodução