A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta quarta-feira (19), três mandados de busca e apreensão contra um grupo suspeito de fabricar e distribuir dinheiro falso no país. As investigações revelaram que a associação criminosa utilizava as redes sociais para comercializar notas falsas, alcançando diversos estados brasileiros. As operações ocorreram em Feira de Santana, a 110 km de Salvador, e em Rio Branco, no Acre.
A ação faz parte da Operação Dracma, um desdobramento de inquéritos que começaram na Delegacia de Polícia Federal de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, após flagras de transações envolvendo moedas falsas enviadas pelo correio. A PF apurou que a rede criminosa se especializou no uso de plataformas online para distribuir as falsificações, aumentando o alcance do esquema.
Os envolvidos podem responder pelos crimes de associação criminosa (Art. 288 do CPB) e falsificação de moeda (Art. 289 do CPB), cujas penas podem ultrapassar 15 anos de prisão. A falsificação de dinheiro tem sido uma prática recorrente no estado. Em janeiro, a Operação Máscara Nova II foi deflagrada no norte da Bahia para combater o tráfico de notas falsas, com foco em Juazeiro. Na ocasião, a PF descobriu que muitos envolvidos eram jovens, que usavam endereços e nomes de terceiros para esconder suas identidades.
Durante a operação, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão e apreendeu o smartphone de um dos principais suspeitos, na tentativa de reunir mais provas sobre a produção e distribuição de notas falsas. A corporação também ressaltou que o combate ao crime seguirá em andamento, com diligências para identificar outros responsáveis. A falsificação e a distribuição de dinheiro falso são crimes graves, com penas de até 12 anos de prisão, além de multa.